Reunida em Sessão Ordinária na segunda-feira (1°), a Câmara de Vereadores aprovou moção de autoria do Presidente Serginho, com assinatura de apoio de todos os vereadores, que manifesta pesar pelo falecimento do Policial Civil Wesley Siqueira Benites, ocorrido no dia 19 de março.
Wesley era investigador na 96ª Delegacia de Polícia pertencente a 2ª Seccional do Departamento de Polícia Judiciária da Capital – Decap. De acordo com informações, Wesley estava em uma operação no dia 19 de março no Jardim Macedônia, em São Paulo – divisa com Embu das Artes e, enquanto realizava o seu trabalho foi atingido em troca de tiros na viela, sendo baleado pelas costas. Infelizmente, o policial não resistiu ao ferimento e veio a óbito, ou seja, teve a sua vida ceifada após abordar suspeitos e ser fatalmente alvejado.
Toda a morte de policial deveria levar a uma análise detalhada dos fatos para que procedimentos e processos fossem revistos para evitar que mortes assim acontecessem novamente. É preciso lembrar que hoje em São Paulo policiais estão bastante vulneráveis e a sua realidade cotidiana é incompatível com a força econômica do Estado com maior pujança econômica do país.
Muito do armamento utilizado pelas polícias é de baixa qualidade e já houve situações em que ele dispara sozinho ou não dispara quando deveria. Há uma falta considerável dos efetivos das polícias, em especial da Polícia Civil. Um baixo efetivo policial faz com que falte pessoas para prestar apoio na hora em que o policial mais precisa ou que serviços policiais sejam realizados sem o número necessário de agentes da lei.
Vale destacar, ainda, que nos casos trágicos em que policiais perdem as suas vidas, a família do policial além de ter que lidar com a dor da morte do ente querido, precisa enfrentar uma grande burocracia para conseguir a devida pensão do policial.
Há ainda mais uma dimensão esquecida da morte dos policiais: o descaso da sociedade com o tema. Policiais mortos raramente geram manchetes nos jornais e a cobertura da mídia é sempre bastante tímida, algo completamente diferente de países como os EUA onde a morte de um policial gera uma expressiva comoção social.
“Para que não tenhamos uma morte de policial por dia em nosso Brasil precisamos rever as condições de trabalho de nossos policiais, especialmente os que estão cotidianamente nas ruas e precisamos que nossa sociedade reconheça aqueles que estão nas ruas para nos proteger. Nada confortará o coração dessa família, dos filhos e de todos que o conheciam, mas enquanto vereadores devemos lamentar e agradecer ao policial Wesley Siqueira Benites por ter dado a sua vida em defesa das nossas”, destacou o Presidente da Câmara Serginho.