A Câmara de Vereadores aprovou na Sessão Ordinária de segunda-feira, 5 de setembro, moção de autoria da vereadora Professora Delmira, que parabeniza a Cocal - Comércio e Indústria Canaã de Açúcar e Álcool Ltda, por seus 42 anos de fundação.

Em 1980, ao fim de uma década economicamente tumultuada em termos globais, nascia em Paraguaçu Paulista a Cocal, combinação de oportunidade de negócio e propósito que levou o empresário e político Carlos Arruda Garms a fundar uma usina, em uma região menos nobre e esquecida do Estado.

Arruda e alguns companheiros, dentre os quais os mais importantes foram Arnaldo Mapelli, Onório Anhesim e José Geraldo Vilela Pariz Fornaza - que não tinham experiência no funcionamento de destilaria e dispunham de pouco capital para os investimentos iniciais - deram início ao projeto.

Arruda comprometeu-se na busca do financiamento para a construção e montagem da Cocal. Mappelli permaneceu alguns meses no IAA – Instituto do Açúcar e Álcool, em São Paulo. Onório visitou a Petrobras, além de diversos bancos. E o Sr. Feijão deu apoio na área administrativa para a formação da empresa.

Assim, a Cocal iniciou suas operações produzindo o equivalente a 22,5 mil metros cúbicos de etanol. Naquele momento já empregava cerca de 400 pessoas, cumprindo a missão de gerar postos de trabalho na região de Paraguaçu Paulista.

Abaixo, uma cronologia dos principais fatos da história da Cocal:

1982 - Iniciaram o plantio da cana-de-açúcar. O momento foi marcado com uma carreata em Paraguaçu Paulista.
1983 - As atividades da indústria começaram com foco na produção de etanol para o abastecimento regional, fornecendo mais de 55 mil m³ etanol/ano.
1990 - A empresa enfrentou uma crise financeira e produtiva. Naquele momento os filhos já haviam assumido os cargos de comando. Marcos Garms assumiu a diretoria agrícola e Carlos Ubiratan Garms assumiu as diretorias financeiras e administrativas. A meta era reestruturar o compromisso e o perfil da dívida, bem como a produtividade no campo e a eficiência industrial.
1994 - A Cocal passou a fabricar açúcar, seguindo a tendência de mercado em expansão.
1995 - A empresa contrata uma consultoria externa e desenvolve a primeira versão de missão, visão e valores com participação de todos os executivos. Finalizando o processo Arruda e o sócio Onório, detentores de quase a totalidade do capital da empresa, transferem formalmente o comando a Marcos e Ubiratan.
2002 - Acrescentou a sua atuação a cogeração de energia elétrica, com o aumento do rendimento da termoelétrica na unidade de Paraguaçu Paulista.
2008 - Instalou sua segunda unidade no município de Narandiba, interior de São Paulo, com capacidade inicial para 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar/ano, mas projetada para processar seis milhões de toneladas.
2010 - A unidade de Narandiba inaugurou a termoelétrica e também passou a cogerar energia elétrica.
2012 - Iniciou o projeto de expansão na unidade de Narandiba, com o objetivo de ampliar a sua capacidade de moagem.
2015 - A Cocal atingiu mais de 8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moída no ano em suas duas unidades de negócio. Além disso, iniciou o processo de profissionalização da gestão.
2016 - A Cocal iniciou uma parceria com a Toyota para implantação de metodologias voltadas à melhoria contínua dos processos agrícolas, industriais e administrativos.
2018 - Atingiu a marca histórica de 100 milhões de toneladas de moagem de cana-de-açúcar.
Atualmente é considerada uma das mais importantes companhias do setor sucroenergético, entre as 13 mais lucrativas, com a produção de cana-de-açúcar, açúcar, etanol e cogeração de energia elétrica, a partir da biomassa.
Ao longo de sua trajetória a Cocal sempre manteve a essência de investir para expandir a capacidade, incorporar tecnologias, melhorar o desempenho das fábricas e canaviais e buscar novos negócios.
2020 – A empresa inicia os projetos para produção de biometano, levedura e CO2 verde.
O gás produzido na planta a partir de 2021 é transportado a cidade de Presidente Prudente, desconectada da rede de gasodutos Brasil-Bolivia. A Cocal cria o primeiro gasoduto de combustível não fóssil em operação no mundo.
2021 - A empresa obtém o certificado Bonsucro, um conjunto de métricas para aferir o compromisso das usinas de cana-de-açúcar com sustentabilidade social e ambiental. O projeto levou a Cocal a obter o Selo Nascente (um programa de reflorestamento que durou três anos e recuperou uma grande área).

Entre as diversas atividades que contam com apoio da Cocal, estão os programas educacionais, culturais e esportivos para crianças, adolescentes e adultos, que proporcionam crescimento e melhoria da qualidade de vida da comunidade.

De acordo com o texto da moção, “a Cocal cresceu empreendendo e segue implantando um robusto processo de investimento para desenvolver novos segmentos de atuação, onde os pilares de uma base firme e moldada ao longo de 4 décadas permitem à empresa ter um olhar cada vez mais longe e fincar a pedra fundamental do futuro, onde se expandirá além da produção de commodities, respeitando sua gente e o meio. A quinta década de sua história inicia-se com uma estratégia alicerçada em um novo propósito – utilizar o máximo potencial de energia da cana-de-açúcar”.

“A Cocal nasceu de um sonho do Senhor Carlos Arruda Garms de gerar empregos e transformar vidas. Hoje, após 42 anos, é possível dizer que esse sonho se tornou realidade. Com duas unidades, a Cocal, empresa controlada por família unida e harmônica, emprega diretamente mais de 5 mil pessoas. Nestes 42 anos de atuação, com muito trabalho, dedicação e respeito a Cocal se firmou como umas principais empresas de nossa cidade, gerando empregos, alavancando o comércio e, principalmente, provando que, com seriedade e acima de tudo, com fé em Deus, é possível vencer. Parabéns à Cocal que, sem dúvida alguma, é motivo de orgulho para todos nós Paraguaçuenses”, destacou a vereadora Delmira.

05.09.22 Delmira